Na escola podemos trabalhar com um acervo enorme de textos e transformá-los em encenação.
Mas, tendo em vista que o ano escolar é extremamente curto para tanto conhecimento a ser apresentado aos estudantes, precisamos de um crivo, de critérios que estabeleçam o porquê de uma coisa e não de outra.
Qual o crivo?
Primeiro não abandonar o currículo e o teatro tem uma possibilidade enorme para isso, afinal é uma arte que se articula com diversas outras linguagens: leitura, literatura, música, dança, encenação corporal, fotografia.
O teatro em si é um instrumento para trabalhar com várias competências socioemocionais, pois exige a disciplina de quem espera a vez do outro dar a fala; a segurança de encarar uma plateia; a autoestima daqueles que entenderam que podem se posicionar no mundo; o companheirismo de estar junto ao outro; a solidariedade de ajudar o colega a se expressar; a criatividade na interpretação teatral.
Além disso, o texto pode colaborar com as áreas de saber que são referentes ao currículo daquele ano letivo e com o próprio perfil da turma e faixa etária.
Assim sendo, teve ano escolar que eu mesma fiz o texto e busquei aproximar com os componentes curriculares estudados. No 5º ano por exemplo, em História, é parte do currículo o tema da escravidão e a colonização portuguesa no Brasil, daí, criei duas peças para sensibilizar sobre os assuntos. E isso é outra coisa bacana no teatro, pois o conhecimento científico em si, traz a bagagem de dados, fatos, compreensão de causas e consequências, porém, é com a arte que tocamos a alma para impactar sobre problemas que afligem nossa sociedade decorrentes de escolhas tomadas no passado.
Já numa turminha de 2º ano, aproveitei o conteúdo do folclore e a cultura popular e construí uma peça que permeava esse tema junto a questão da sustentabilidade. Foi incrível ver os mais arteiros envolvidos com a peça, deixando a bagunça para a hora do recreio...rsrsr
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