O disfarce dos bichos
Você já tentou pegar um galhinho seco e ele virou
bicho, abriu asas e voou? Se isso aconteceu é porque o graveto era um inseto
conhecido como "bicho-pau". Ele é tão parecido com o galhinho, que
pode ser confundido com o graveto.
Existem
lagartas que se parecem com raminhos de plantas. E há grilos que imitam
folhas.
Muitos animais ficam com a cor e a forma dos lugares
em que estão. Eles fazem isso para se defender dos inimigos ou capturar
outros bichos que servem de alimento.
Esses
truques são chamados de mimetismo, isto é, imitação.
O cientista inglês Henry Walter Bates
foi quem descobriu o mimetismo. Ele passou 11 anos na selva amazônica
estudando os animais.
MAVIAEL MONTEIRO, JOSÉ. Bichos que usam disfarces para
defesa. Folhinha, 6 nov. 1993. Suplemento infantil do jornal Folha de São
Paulo. Adaptado pelas autoras. In:HELENA, Maria; Bernadette. Novo Tempo: Português. São Paulo: Scipione, 1999. v. 1,
p. 31.
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Num dia quente de verão, a raposa passeava por um
pomar. Com sede e calor, sua atenção foi capturada por um cacho de uvas.
“Que
delícia”, pensou a raposa, “era disso que eu precisava para adoçar a minha
boca”. E, de um salto, a raposa tentou, sem sucesso, alcançar as uvas.
Exausta
e frustrada, a raposa afastou-se da videira, dizendo: “Aposto que estas uvas
estão verdes.”
Esta
fábula ensina que algumas pessoas quando não conseguem o que querem, culpam
as circunstâncias.
(http://www1.uol.com.br/crianca/fabulas/noflash/raposa.
htm)
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EVA FURNARI -
Uma das principais figuras da literatura para crianças. Eva Furnari nasceu em
Roma (Itália) em 1948 e chegou ao Brasil em 1950, radicando-se em São Paulo.
Desde muito jovem, sua atração eram os livros de estampas – e não causa
estranhamento algum imaginá-Ia envolvida com cores, lápis e pincéis,
desenhando mundos e personagens para habitá-Ios...
Suas habilidades criativas
encaminharam-na, primeiramente, ao universo das Artes Plásticas expondo, em
1971, desenhos e pinturas na Associação dos Amigos do Museu de Arte Moderna,
em uma mostra individual. Paralelamente, cursou a Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da USP, formando-se no ano de 1976. No entanto, erguer prédios
tornou-se pouco atraente quando encontrou a experiência das narrativas
visuais.
Iniciou sua carreira como autora e
ilustradora, publicando histórias sem texto verbal, isto é, contadas apenas
por imagens. Seu primeiro livro foi lançado pela Ática, em 1980, Cabra-cega,
inaugurando a coleção Peixe Vivo, premiada pela Fundação Nacional do Livro
Infantil e Juvenil -FNLlJ.
Ao longo de sua carreira, Eva Furnari
recebeu muitos prêmios, entre eles contam o Jabuti de "Melhor
Ilustração" --Trucks (Ática, 1991), A bruxa Zelda e os 80
docinhos (1986) e Anjinho (1998) --setes láureas concedidas
pela FNLlJ e o Prêmio APCA pelo conjunto de sua obra.
http:llcaracal.
imaginaria. cam/autog rafas/evafurnari/index. html
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O hábito da leitura
“A criança é o pai do homem”. A frase, do poeta
inglês William Wordsworth, ensina que o adulto conserva e amplia qualidades e
defeitos que adquiriu quando criança. Tudo que se torna um hábito
dificilmente é deixado. Assim, a leitura poderia ser uma mania prazerosa, um
passatempo.
Você, coleguinha, pode descobrir várias coisas,
viajar por vários lugares, conhecer várias pessoas, e adquirir muitas
experiências enquanto lê um livro, jornal, gibi, revista, cartazes de rua e
até bula de remédio. Dia 25 de janeiro foi o dia do Carteiro. Ele leva ao
mundo inteiro várias notícias, intimações, saudades, respostas, mas tudo isso
só existe por causa do hábito da leitura. E aí, vamos participar de um
projeto de leitura?
CORREIO BRAZILIENSE, Brasília, 31 de janeiro de
2004, p. 7.
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Um ratinho da cidade foi uma vez
convidado para ir à casa de um rato do campo. Vendo que seu companheiro vivia
pobremente de raízes e ervas, o rato da cidade convidou-o a ir morar com ele:
— Tenho muita pena da pobreza em que você vive —
disse.
— Venha morar comigo na cidade e você verá como lá a
vida é mais fácil.
Lá se foram os dois para a cidade, onde se
acomodaram numa casa rica e bonita.
Foram logo à despensa e estavam muito bem, se
empanturrando de comidas fartas e gostosas, quando entrou uma pessoa com dois
gatos, que pareceram enormes ao ratinho do campo.
Os dois ratos correram espavoridos para se esconder.
— Eu vou para o meu campo — disse o
rato do campo quando o perigo passou.
— Prefiro minhas raízes e ervas na
calma, às suas comidas gostosas com todo esse susto.
Mais vale magro no mato que gordo na boca do gato.
Alfabetização: livro do aluno 2ª ed. rev. e atual. /
Ana Rosa Abreu... [et al.] Brasília: FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2001. 4v. : p. 60 v.
3
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Pepita a piaba
Lá no fundo do rio, vivia
Pepita: uma piaba miudinha.
Mas Pepita não gostava de ser
assim.
Ela queria ser grande... bem
grandona...
Tomou pílulas de vitamina...
Fez ginástica de peixe... Mas nada... Continuava miudinha.
– O que é isso? Uma rede?
Uma rede no rio! Os pescadores!
Ai, ai, ai... Foi um
corre-corre... Foi um nada-nada...
Mas... muitos peixes ficaram
presos na rede.
E Pepita?
Pepita escapuliu... Ela
nadou, nadou pra bem longe dali!
CONTIJO, Solange A. Fonseca. Pepita a piaba. Belo Horizonte:
Miguilim, s.d.
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Continho
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho.
Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho,
imaginando bobagem, quando passou um vigário a cavalo.
— Você, aí, menino, para onde vai essa estrada?
— Ela não vai não: nós é que vamos nela.
— Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
— Eu não me chamo, não, os outros é que me chamam de
Zé.
MENDES CAMPOS, Paulo, Para gostar de ler − Crônicas.
São Paulo: Ática, 1996, v. 1 p. 76.
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Feias,
sujas e imbatíveis
(fragmento)
As baratas estão na Terra há mais de
200 milhões de anos, sobrevivem tanto no deserto como nos pólos e podem ficar
até 30 dias sem comer. Vai encarar?
Férias, sol e praia são alguns dos
bons motivos para comemorar a chegada do verão e achar que essa é a melhor
estação do ano. E realmente seria, se não fosse por um único detalhe: as
baratas. Assim como nós, elas também ficam bem animadas com o calor.
Aproveitam a aceleração de seus processos bioquímicos para se reproduzirem
mais rápido e, claro, para passearem livremente por todos os cômodos de
nossas casas.
Nessa época do ano, as chances de dar
de cara com a visitante indesejada, ao acordar durante a noite para beber
água ou ir ao banheiro, são três vezes maiores.
Revista Galileu. Rio
de Janeiro: Globo, Nº 151, Fev. 2004, p.26.
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TELEVISÃO
Televisão é uma caixa de imagens que fazem barulho.
Quando os adultos não querem ser incomodados, mandam
as crianças ir assistir à televisão.
O que eu gosto mais na televisão são os desenhos
animados de bichos.
Bicho imitando gente é muito mais engraçado do que
gente imitando gente, como nas telenovelas.
Não gosto muito de programas infantis com gente
fingindo de criança.
Em vez de ficar olhando essa gente brincar de
mentira, prefiro ir brincar de verdade com meus amigos e amigas.
Também os doces que aparecem anunciados na televisão
não têm gosto de coisa alguma porque ninguém pode comer uma imagem.
Já os doces que minha mãe faz e que eu como todo
dia, esses sim, são gostosos.
Conclusão: a vida fora da televisão é melhor do que
dentro dela.
PAES, J. P. Televisão.
In: Vejam como eu sei escrever. 1. ed. São Paulo, Ática, 2001, p.
26-27.
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