Como a música Clair de lune de Debussy
Intensa
Com o grito animalesco saindo do fígado
Inteira
Na violência da dor que vinha das entranhas para garganta
Não se diluía
Pulou do trampolim na piscina da dor
E sentia
A raiva lhe dando forças para subir a superfície
Não estava
fragmentada
Ela era uma
caldeira vulcânica
De tristeza
misturada com ira
Choro combinado
com grito
Erupção de lava
com toxidade
Que precisava ser
liberada
Era produto bruto no
seu sentir
Não queria ser lapidada
Era alimento
integral
Precisava manter a
casca
Recusava o
refinamento
Refinar a dor para
quê?
Para quem?
Era seu direito
viver plenamente
O grito era sua
palavra não verbal
Que saiu da boca
Para arrancar da
alma
A ferida que
poderia crescer.
Ana
Paula Ferreira
@ana.paula.educacao
POETA!
ResponderExcluirComo é bom colocar a emoção e o sentimento pra fora. Difício realmente é Refinar a dor... pois ela é nossa!!
Ai fica a pergunta para quê? Para quem? Para onde? Por que? e...
Assim a dor é nossa, o desafio é nosso. O que vale realmente é a vida!
Vamos em frente.
E refinar é diluir, tirar a essência, os nutrientes. Ao fazer isso com a dor, é o mesmo que dar analgésico, ao invés de usar o potencial da dor para que o próprio corpo crie "anticorpos", resistência...
ExcluirA dor deve ser vivida e sentida na sua intensidade , só assim nos fortalecemos . Bjos
ResponderExcluirÉ bem isso.... tem pessoas que gostam de fingir que a dor não está ali. Que possamos identificar, viver e ressignificar esse sentimento. E isso não se faz, colocando embaixo do tapete.
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